Não me perguntem
Não quero saber o que dizem os pássaros, Tão-pouco o que contam os sinais dos céus; Quero olvidar esses sabores amargos, Essas formas de poesia que cantam a morte. Partam o mundo ao meio, Retirem a seiva quente e pulsante, Curem as feridas, E construam um paraíso de chamas E afundem-se nele!!! Ah... universo desenfreado de enredos Intrigas, preconceitos, ilusões vãs... Tétano nas veias da vida, veneno doce... Eu vivo aqui. Mas não quero. Deixem-me!!! Não!!! Eu quero voar para longe E ser um pássaro diferente. Ou um peixe com asas.