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A mostrar mensagens de abril, 2005

Não me perguntem

Não quero saber o que dizem os pássaros, Tão-pouco o que contam os sinais dos céus; Quero olvidar esses sabores amargos, Essas formas de poesia que cantam a morte. Partam o mundo ao meio, Retirem a seiva quente e pulsante, Curem as feridas, E construam um paraíso de chamas E afundem-se nele!!! Ah... universo desenfreado de enredos Intrigas, preconceitos, ilusões vãs... Tétano nas veias da vida, veneno doce... Eu vivo aqui. Mas não quero. Deixem-me!!! Não!!! Eu quero voar para longe E ser um pássaro diferente. Ou um peixe com asas.

Quero

Quero Quero fugir para o infinito Rodear-me de esperança e amizade Quero Escalar montanhas e pisar a erva fofa Dançar à chuva e saudar as nuvens Atravessar raios de sol e luz Quero Quero sorrir a bandeiras despregadas E rasgar o ar com gargalhadas e beijos E pular no meio da rua Quero Cantar tão forte quanto o mar Voar alto como a areia da praia Abraçar uma árvore e falar com Deus Quero Sair à rua e beijar as estrelas Caminhar na lua e ver um reflexo De um rosto feliz, que sorri com a alma E descobrir que esse rosto sou eu E tu E o Mundo.

Gelo de Sangue

E, devagarinho como quem mede as distâncias, como quem calcula cada passo, mas com a espontaneidade própria do instinto, Lana gravou em pedra as seguintes palavras: Diman, Lembras-te da noite em que me fizeste tua pela primeira vez? De veres a felicidade no meu olhar quando me abracei a ti e te deixei tornares-me mulher, tu já um homem, determinado, carente? Lembras-te da intensidade com que te amei durante anos, adorando a tua força, a tua personalidade, a forma como falavas e olhavas para mim, o teu corpo? Lembras-te de juntos olharmos o céu e nos fundirmos nele, de mansinho, das promessas de amor, de me tomares em teus braços e dançarmos de forma mágica, esquecendo tudo à nossa volta? Lembras-te de eu te dizer que nunca amaria outro, que iria esperar por ti sempre, que nunca, nunca te iria esquecer? Lembras-te de quantas vezes me fizeste sofrer e eu te perdoei? Da vez em que mataste algo em mim e eu fiz por esquecer que tinha acontecido? Não, Diman, eu nunca te esquecerei. Como