Devaneios (I)

Raios de luz perdidos na imensidão de um olhar que murmura palavras que os lábios nunca conseguiriam dizer excepto num beijo. Recordo a maneira como me prendi nesta profusão de sentidos em que pude dizer que fomos um do outro, num lugar sem tempo e sem memória, perdidos para sempre na amplitude daquilo que tu criaste para mim quando me envolveste no teu corpo de luar. Quero-te, e nessa ânsia de querer chego a odiar aquilo que me fazes sentir, a forma como me fazes desejar sair daquilo que sou eu dentro de mim e partir para um lugar onde possa começar de novo sem amarras, sem sofrimento.

2000

Comentários

Sophia disse…
A eterna dicotomia de querer e não querer, de querer amar e não poder e de amar e ter medo de sofrer...

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